Sinópse: O Muro de Berlim foi durante décadas, a nível mundial, o expoente mais visível da luta ideológica travada entre o socialismo e o capitalismo.Hans Meissner é membro da juventude Hitleriana. A sua missão é defender Berlim do assalto do Exército Vermelho.Após a queda de Berlim é nessa cidade que irá viver e trabalhar. Só que a cidade será um dia dividida e ele terá de optar.A sua opção leva-o a, mais tarde, ter de a defender a sua Berlim dos ataques – na sua perspectiva – do Imperialismo. Entre os dois “Hans” está todo o percurso político marcado por dos misteriosos manuscritos medievais.Percurso correto ou errado?A história encarrega-se de derrubar o muro e com as pedras que se desprendem da argamassa que as sustentava, desmorona-se um mundo. Hans vê-se num novo país, ele que quisera construir um país novo.Porém dos fundamentos do muro derrubado surge uma intemporal mensagem de esperança.Uma vez mais Hans é testemunha da mudança. Mas testemunha interveniente.Tudo muda. Menos os “Hans” que lutarão sempre para que a esperança, que os manuscritos intemporais da justiça social transportam, tenham um dia a efetiva concretização.Uma visão controversa, sem dúvida, mas que pretende contribuir para fornecer outro ângulo de visão para um assunto que parece revestir-se de um unanimismo demasiado acrítico.“…Hans tremia dos pés à cabeça. Enfiado numa cova que havia tornado mais funda, com a ajuda da pequena pá do seu equipamento, esperava, coberto do suor da angústia, a aproximação do inimigo. Dois metros à sua esquerda, encontrava-se Werner, amigo de infância e colega de liceu e, agora, nesses finais de Abril de 1945, camarada de armas. Também ele se ocultava num buraco; também ele esperava o inimigo. Os dois rapazes, com pouco de mais de dezessete anos, faziam parte de uma espécie de batalhão, arrebanhado de improviso. Juntamente com velhos de olhos vazios que mal força tinham para segurar o lança-granadas foguete, Werner, Hans, e outros alunos do liceu local, ocupavam uns buracos abertos à pressa na periferia de Petershagen, uma pequena localidade situada a cerca de 20 quilómetros de Berlim. Era aí, nessa tosca linha defensiva, última barreira de proteção da capital do Reich, que se propunham deter o avanço do Exército Soviético.”