Sinópse: Romance de estréia de Takashi Matsuoka, ambientado no belo e violento Japão do século XIX, “Bando de Pardais” é, a um tempo, uma vasta aventura histórica e uma pungente história de amor. Após dois séculos de isolamento, o Japão é forçado a abrir suas portas para o Ocidente, o que deflagra um choque de culturas e gerações. Enquanto os navios estrangeiros ameaçam destruir o castelo do Xogum, em Edo, chega à cidade um pequeno grupo de missionários dispostos a difundir a palavra de (seu) Deus. Entre eles, Emily Gibson, uma mulher em busca de redenção para seu tormentoso passado, e Matthew Stark, um frio pistoleiro no rastro de mais uma morte. O que nenhum deles sabe é que seu futuro no Japão já foi previsto. Um jovem aristocrata, o Senhor Genji, sonhou que sua vida seria salva no ano-novo por um estrangeiro. Vilipendiado por muitos como diletante, Genji tem em seu poder uma arma assustadora: acredita-se que, a cada geração, um membro de sua família nasça com o dom da profecia. E o que Genji acaba de prever deixa assustados vários de seus seguidores. Na mira do chefe da polícia secreta do Xogum, que trama sua morte e a total destruição de seu clã, o jovem e inexperiente Senhor deverá provar que é mais do que um irresistível e proverbial conquistador, notório amante da gueixa mais célebre de Edo, Heiko, e que seus poderes proféticos não são apenas uma lenda.Obrigado a abandonar Edo para refugiar-se na sua fortaleza ancestral, o Castelo do Bando de Pardais, o destino de Genji se une ao de Emily e de Stark, sem que ele tenha consciência das forças obscuras que os impulsionam. Em companhia do Senhor Shigeru, tio de Genji e espadachim com as mãos manchadas do sangue da própria família, o heterogêneo grupo embarca numa jornada por uma paisagem repleta de perigos, preparando-se para uma batalha final. Nessa fuga por um cenário de neve e sangue, o horror se fundirá com a maravilha, os segredos se revelarão e o amor duelará com a vingança, num confronto entre Ocidente e Oriente, corpo e alma, passado e futuro que ninguém, muito menos Genji, poderia imaginar.